Assim que eu entro em seu escritório, Paul Tighe está no telefone com alguém da Apple, falando sobre o aplicativo The Pope App. Sim, este é o centro de mídia social do Vaticano.
A operação coordenada pelo monsenhor Tighe deixaria qualquer jornal com vergonha. Ao seu lado, há uma equipe que tuíta, adiciona conteúdo ao site, coloca fotos no Flickr e ajusta o The Pope App (disponível para iPhone e Android).
“O modelo atual de notícias, com pouco texto e muitas imagens, é bom para a Igreja”, explica Tighe, um padre irlandês que chefia o escritório formalmente conhecido como Pontificium Consilium de Communicationibus Socialibus.
Na sede do centro de mídia, em frente à Praça de São Pedro, é possível ver as ironias do mundo high tech a serviço de uma organização milenar: a equipe tem, em média, 25 a 30 anos, e trabalha em computadores ultramodernos, decorados com imagens da Virgem Maria.
Tighe lembra que a Santa Sé cometeu alguns erros no início da “vida digital”, pecando ao não atualizar suas contas, mas hoje está perfeitamente adaptada. “Jesus entrou no mercado e pregou o Evangelho. A mídia digital é o novo mercado. Nós não podemos ter medo de ir para lá”, defende.
Fonte: Jornal Metro BH